Sem dúvida, receber uma crítica não é fácil, mas fazê-la nem sempre é uma das tarefas mais simples. Contudo, é importante separar um momento para conversar e trazer pontos que podem melhorar em sua função, ou elogios sobre seu trabalho.
Essa habilidade essencial é chamada de feedback, um momento que não envolve apenas transmitir uma mensagem, mas fazê-la de maneira eficaz e construtiva.
Pensando nisso, trouxemos um artigo completo sobre o tema e boas práticas para seguir. Boa leitura!
“A coisa mais importante na comunicação é ouvir o que não está sendo dito” — Peter Drucker.
O que é feedback?
É uma ação que revela os pontos positivos e negativos do trabalho realizado, tendo em vista a melhoria dele. Em outras palavras, ele é o parecer sobre a pessoa, com intuito de avaliar o seu desempenho após uma determinada tarefa, comportamento ou serviço.
É preciso ter em mente que feedback é diálogo, não palestra!
Não é o momento de expressar sua opinião ou sentimento pessoal, nem queixa, bronca e lição de moral. Nunca comece o diálogo já tendo em mente que sabe a conclusão.
Qual a sua importância?
Desde que seja dado com sinceridade e cuidado, o feedback é uma das melhores formas de alinhar expectativas e eliminar maus hábitos em uma empresa. Além disso, ele contribui para tornar o dia a dia da equipe mais produtivo.
O gestor precisa ter em mente que o momento é reservado para trazer pontos construtivos para o colaborador e, ao dar um feedback bem estruturado e completo, pode proporcionar diversas melhorias para toda equipe.
Você tem dificuldade em dar feedback?
É comum que gestores tenham dificuldades nesses momentos e isso pode estar ligado a fatores como:
- Medo de chocar o receptor;
- Receio de receber críticas;
- Medo de não saber o que falar e ser mal interpretado;
- Imagina que vai iniciar uma discussão;
- Achar que vai “sobrar” para si mesmo;
- Medo de comprometer amizade, relações sociais, competência e status.
Como gestor, é preciso ter em mente que o momento do feedback é importante para o colaborador entender como está se saindo em sua rotina de trabalho. Dessa maneira, ficar adiando por esses motivos pode prejudicar não somente a ele, mas a empresa em um todo.
Ao marcar a reunião, os pontos de melhoria precisam estar alinhados. Mas, como já falamos anteriormente, não devem vir em forma de bronca.
Outro ponto importante que devemos citar aqui, é que enrolar muito para dar feedback pode deixar o funcionário ansioso e diminuir a sua produtividade.
Você tem dificuldade em receber feedback?
A dificuldade em recebê-lo é ainda mais forte do que passar o feedback para outra pessoa. Infelizmente, vivemos em uma cultura onde é difícil aceitar nossas ineficiências e ainda mais admitir para outros publicamente, além de:
- Receio em admitir que errou;
- Falta de credibilidade em quem está dando feedback;
- Achar que vai perder a imagem ou status conquistado;
- Medo de autoconhecimento;
- Não gostar que chamem a atenção;
- Pensa que é perseguição;
- Diz que esse é o seu jeito de fazer as coisas e que cada um tem seu jeito.
Receber feedbacks também é importante para melhorar o trabalho, tornar o ambiente mais produtivo e continuar crescendo na empresa.
Sob a influência de medos inconscientes, as duas partes tendem a entrar num modo defensivo.
Quais são os tipos de feedback?
Agora que já falamos um pouco mais sobre a importância dessa cultura, vamos entender quais são os tipos mais comuns:
- Feedback formal: um processo pontual e agendado;
- Feedback informal: ocorre continuamente no dia a dia;
- Feedback positivo: pode ter efeitos curativos e ajudar a pessoa a superar obstáculos em sua vida;
- Feedback corretivo: é sinalizado um determinado caminho a seguir com base em normas, regras e contexto.
- Feedback insignificante: vago, sem propósito, gera uma resposta mínima e nenhum impacto, por exemplo: “É isso aí!”, “Muito bem!”, “Meus parabéns!”.
- Feedback ofensivo: você ridiculariza, menospreza, é agressivo ou diminui o receptor. Atenção! Esse tipo de feedback pode causar danos à personalidade e à autoestima das pessoas.
O que não fazer nesses momentos
Quando falamos sobre boas práticas, não devemos nos esquecer de citar o que não deve ser feito pelo gestor.
Não ter objetivos
Como já citamos, para um feedback sair como planejado, é preciso que o gestor tenha objetivos claros e definidos, evitando chegar no momento da reunião e não ter pontos específicos para conversar.
Quando não se tem ideia do que falar, ele acaba se tornando um momento de desabafo das frustrações da própria gestão, não contribuindo para a melhoria do colaborador.
Expor o colaborador na frente da equipe
O feedback é um momento individual e nunca deve ser usado para ofender ou constranger o colaborador na frente da equipe. O ideal é reservar um tempo na agenda e conversar somente os dois, tratando de pontos que realmente vão trazer algum benefício.
Trazer somente pontos negativos
Infelizmente, gestores que trazem apenas pontos negativos para a conversa, é mais comum do que podemos imaginar. Essa, sem dúvida, não é uma boa prática e pode trazer inseguranças.
Um feedback precisa contar, sim, com pontos a melhorar. Entretanto, não deve deixar de conter comentários positivos sobre algo que o colaborador realizou. — esse ponto também pode ser falado em público, trazendo o reconhecimento para ele.
Interromper o colaborador
Já falamos sobre isso, mas, é sempre importante frisar que esse momento não deve ser um debate. O gestor também precisa saber ouvir, sem interromper ou levantar a voz se não concordar com o que está sendo dito.
Como o Join RH pode te ajudar?
O Join RH é um sistema de gestão de pessoas que vai te ajudar a criar o hábito de dar feedbacks corretamente, alertando se houver um longo período sem. Além disso, ele ajuda no controle centralizado dessas ações, permitindo o compartilhamento com seus superiores e sucessores.
Um software especializado ajuda a incorporar a ação de feedback na cultura da empresa e dá ao RH o controle deste processo.
Sem dúvida, dar feedback é uma das coisas mais importantes que um líder pode fazer, porque é por meio dele que ajudará alguém a se desenvolver. Ao mesmo tempo, é uma das tarefas mais difíceis já que, infelizmente, temos o costume de enxergá-lo como uma crítica.
Lembre-se, ele visa o aperfeiçoamento do desempenho de uma pessoa, portanto, deve ter uma base de senso crítico e não de senso comum.
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